Vacinas
Amar também é proteger.
Temos várias maneiras de proteger a quem a gente ama. Uma delas é vacinar.
Mas, o que vem a ser uma vacina?
Não se trata de um medicamento, e sim um imunobiológico que tem o objetivo de fazer com que nosso organismo produza anticorpos para uma determinada doença, sem que necessariamente tenhamos que passar por ela.
Como são feitas as vacinas?
Existem vários tipos de vacinas. Elas podem ser feitas a partir de uma bactéria ou um vírus vivo atenuado (incapaz de produzir a doença, mas capaz de estimular a produção de anticorpos) ou morto, de uma partícula do vírus ou de uma bactéria e ainda de toxinas. Estes elementos estimulam o nosso sistema imunológico a reconhecer especificamente os agentes causadores das doenças que eles causam. Assim, quando entrarmos em contato com este agentes, já teríamos um exército de anticorpos para neutralizá-los, impedindo o desenvolvimento da doença.
As vacinas podem provocar doenças?
Não. Algumas pessoas podem desenvolver efeitos colaterais das vacinas como qualquer medicamento. Para cada vacina existe descrito quais as reações mais frequentes e em que percentual de pessoas eles podem ocorrer. Eventos adversos mais importantes são extremamente raros, normalmente a possibilidade de que aconteçam é menor do que a possibilidade de ocorrer a doença. Mesmo doenças que aparentemente são de evolução benigna, podem apresentar complicações e evoluir de forma grave. Portanto, é melhor vacinar.
As vacinas são seguras?
Uma vacina, para ser habilitada para uso, passa por muitas etapas de pesquisas. Em torno de 10 anos. Primeiro em laboratório, depois em testes em animais e, posteriormente, certificado de sua segurança, é utilizada em um grupo de pessoas eleitas para comprovar sua eficácia, seu poder de imunizar, e avaliar a frequência dos possíveis efeitos colaterais. Posteriormente é liberada para uso em grande escala. E, mesmo assim, sempre monitora-se alguma possível manifestação relacionada a mesma.
Como é determinado quais vacinas fazem parte do calendário vacinal?
Não temos vacinas para todas as doenças contagiosas. Dentro do grupo de vacinas que existem, as escolhas são feitas por vários critérios: doenças mais frequentes, mais relevantes, graves, que necessitam internações, levam à óbito, qual grupo etário é melhor para receber a vacina, qual o impacto da vacinação no controle da doença, custo-benefício, possibilidade de garantir o fornecimento, etc..
Existem calendários vacinais com propostas diferentes, mas concordantes. Temos o Calendário do Ministério da Saúde (público), o da Sociedade de Pediatria (que inclui vacinas não disponíveis na rede pública) e o da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIM) que contempla os dois e também situações especiais.
Quem determina as vacinas do calendário da rede pública?
São técnicos do Ministério da Saúde, das Sociedades de Pediatria, Imunologia, Ginecologia e Obstetrícia, Infectologia, com profissionais muito habilitados em imunizações.
As vacinas são obrigatórias?
Pelo estatuto da Criança e do Adolescente, é um direito. Em outras faixas etárias é um direito, mas tem o livre arbítrio. Lembrando que, quando alguém não se protege, além de estar exposto, também pode ser o responsável pela disseminação da doença no meio e para os seus contatos.
Como é determinado a idade em que cada vacina deve ser feita?
Temos vacinas para prevenir as doenças mais comuns na infância, na adolescência e algumas devem ser continuadas na fase adulta e idosa. As gestantes, além de se protegerem para algumas doenças, tem a oportunidade de passar os anticorpos para os bebês antes do nascimento, deixando-os protegidos até que consigam receber suas próprias vacinas.
A vacinação dos adultos segue um esquema vacinal que iniciou na infância, de acordo com as necessidades de reforços ou completar os esquemas ou iniciar algum que não tenha sido feito. Por isso a importância de guardar o registro das doses aplicadas para toda a vida.
E as campanhas de vacinação, para que servem, e são necessárias para quem já tem o esquema vacinal em dia?
Cada campanha tem um objetivo. Algumas são para diminuir a circulação do vírus e proteger os grupos de risco, outras são para atualização de carteirinhas, outras conforme a ocorrência ou risco de introdução de uma determinada doença, reforços. Devem ser feitas conforme a indicação do público-alvo.
A da Gripe é anual para atualização do vírus da gripe circulante, por exemplo. No caso do sarampo não se trata de campanha e sim de um chamamento à população para atualizar seu esquema vacinal pelo risco de reintrodução do vírus no nosso meio encontrando pessoas não devidamente vacinadas.
VACINAR É UM ATO DE AMOR.
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