Ao contrário do que sugere a fragilidade e dependência dos bebês, estes possuem uma capacidade imensa de percepção e aprendizado.

Há não muito tempo atrás, os cientistas descobriram algumas coisas incríveis sobre essas pequenas fofuras, como por exemplo, que eles já nascem com um senso que os permite distinguir o bem e o mal desde os 3 meses de vida. E não só isso: que já nascem com noções sobre a sua língua materna e com apenas 3 dias de vida, conseguem identificar expressões faciais, dando-nos a certeza de que possuem competências inatas.

Uma das descobertas mais recentes nos estudos de neuropsicologia mostra que a área do cérebro ligada ao raciocínio e ao pensamento complexo é realmente muito ativa no processo de aprendizagem no caso dos bebês.

Outra descoberta recente mostra que o aumento e a especialização dos neurônios dos bebês está diretamente ligado à aquisição de novas habilidades e mobilidade, o que acontece sempre que a criança é estimulada pelo ambiente. Inclusive, notou-se que estes estímulos ativam várias áreas ao mesmo tempo, proporcionando aos mesmos um grande aprendizado somente ouvindo, observando e interagindo com outras pessoas.

Curiosidades:

- O cérebro dos bebês é aberto aos sentidos, processando as sensações de forma mais acentuada e global, ou seja, um som, por exemplo, pode estimular não somente a audição como também o tato, ou uma luz estimular, além da visão, o paladar, o que é chamado sinestesia.

- Um bebê de até 4 meses tem a capacidade de distinguir cerca de 800 fonemas, enquanto que cada língua usa, em média só 40 fonemas. Em casos de lares bilíngues, por exemplo, a criança não só não faz confusão alguma, como torna-se nativa em ambas as línguas, e o fato de ter que ficar trocando de um código simbólico para outro promove uma “ginástica” a seu cérebro que aumenta as habilidades cognitivas e as funções executivas.

- Antes mesmo de balbuciar as primeiras palavras, os bebês já são capazes de entender o significado de diversas palavras, porque são ouvintes ativos desde o estágio pré-verbal.

- “Mamãe” e “papai”são as palavras mais faladas pela maioria dos bebês, e, por volta de um ano e meio de vida, a palavra que eles mais compreendem é “não”.

- A plasticidade neural, ou seja, a capacidade de gerar conexões entre os neurônios, é diferente no cérebro dos bebês, se adaptando com muita facilidade, possibilitando ao bebê contornar adversidades.

- Os bebês têm consciência do que não sabem e são capazes de pedir ajuda.

Os bebês estão aprendendo o tempo todo, com cada experiência. É importante incentivá-los e estimula-los, na dose certa e, principalmente, jamais subestimá-los.