A pandemia trouxe consigo muitas mudanças, as escolas permaneceram muitos meses fechadas, impactando na rotina das crianças. Com as mudanças de rotina, a alimentação dos pequenos também sofreu alterações, influenciada por fatores emocionais e ambientais, podendo colaborar para o desenvolvimento de problemas relacionados à alimentação como o ganho de peso excessivo.

Na escola de educação infantil, as crianças tem uma rotina fixa, com horários pré-estabelecidos para as refeições e é ofertada uma alimentação balanceada com cardápio elaborado por nutricionista. Há um incentivo das educadoras para as crianças experimentarem e consumirem alimentos nutritivos como frutas e verduras, e também há o estímulo da refeição junto aos colegas, fazendo com que muitas vezes as crianças tenham uma melhor aceitação de uma alimentação variada na escola do que em casa.

Algumas famílias não tem o hábito de cozinhar, e este período de pandemia em casa, tendo que equilibrar o cuidado com as crianças e o trabalho, houve o aumento da opção por alimentos práticos como congelados, fast-foods e petiscos que são ricos em sódio, açúcar e gordura. As idas ao mercado diminuíram de frequência, podendo colaborar para que houvesse uma diminuição no consumo de alimentos frescos como frutas e verduras.

Assim como os adultos, os fatores emocionais também influenciam os hábitos alimentares dos pequenos, que podem comer por sentimentos como estresse, tédio, ansiedade e como forma de preencher o vazio da falta do convívio com os amigos, familiares e da rotina escolar. Além dos fatores emocionais, a falta de uma rotina, também propicia o hábito de beliscar durante o dia, colaborando com um acréscimo calórico e consumo de alimentos não nutritivos.

É na infância que os hábitos alimentares são formados, e manter uma alimentação saudável é fundamental para que as crianças cresçam e se desenvolvam de maneira adequada, além de prevenir a obesidade infantil e aumentar a imunidade dos pequenos. Diante de dificuldades alimentares, a família deve estar atenta para que este comportamento não perdure impactando negativamente a saúde dos pequenos e sua relação com os alimentos.

- Oferte uma alimentação saudável e variada, tendo a disposição alimentos nutritivos em casa e evitando o acesso à guloseimas e alimentos ultraprocessados;

- Procure manter uma rotina alimentar, com horários pré-estabelecidos para as refeições. Evite que a criança belisque entre as refeições.

- Promova refeições em família e momentos tranquilos durante as refeições, sem distrações como televisão, celular e tablet;

- Estimule a criança a experimentar e consumir alimentos saudáveis, continue ofertando os alimentos negados pela criança mudando a sua forma de preparo e usando a criatividade para torna-los atrativos;

- Lembre-se: Para que a criança tenha uma boa alimentação, é fundamental que a família também tenha hábitos alimentares saudáveis.