SELETIVIDADE ALIMENTAR NA INFÂNCIA
A seletividade alimentar é caracterizada por recusa alimentar, pouco apetite e desinteresse pelo alimento. É um comportamento típico da fase pré-escolar, mas, quando presente em ambientes familiares desfavoráveis, pode acentuar-se e permanecer até a adolescência.
Embora a seletividade alimentar seja um comportamento comum na fase pré-escolar, o manejo e a abordagem nutricional adequada são fatores de extrema importância. É no período da infância que os hábitos alimentares são formados, e caso não aconteça uma conduta adequada frente à seletividade alimentar, este comportamento pode perdurar durante a infância e adolescência. Para o manejo da seletividade alimentar, há diversos pontos chaves a serem observados, dentre eles destaca-se:
- Organizar a rotina alimentar da criança, tendo horários pré-definidos para as refeições, respeitando intervalos de 2 à 3 horas, para possibilitar que a criança sinta fome e se alimente no momento da refeição;
- Estabelecer um tempo máximo para cada refeição, e caso a criança não se alimente dentro do tempo estipulado, deverá esperar até a próxima refeição para comer;
- Oferecer pequenas quantidades de alimento no prato da criança, pois uma quantidade grande de alimento pode gerar ansiedade, além de que a criança em idade pré-escolar e escolar ainda tem a capacidade gástrica reduzida;
- Respeitar a saciedade da criança, não a obrigar a comer tudo que tem no prato;
- Evitar oferecer líquidos junto às refeições, pois podem dar sensação de saciedade e fazer com que a criança ingira uma menor quantidade de alimento. Oferecer líquidos após as refeições;
- Evitar guloseimas por serem calóricas e assim afetarem a saciedade, fazendo com que a criança deixe de comer alimentos nutritivos. Evitar também o hábito de beliscar nos intervalos das refeições para não atrapalhar a aceitação da refeição;
- Proporcionar um ambiente calmo e tranquilo no momento das refeições;
- Fazer as refeições em família, sentados à mesa e evitar distrações no momento das refeições;
- Evitar a monotonia alimentar, variando o cardápio, a forma de apresentação e preparo dos alimentos. Continuar oferecendo os alimentos com paciência e frequência mesmo que sejam negados pela criança;
- Não supervalorizar as recusas alimentares, pois estas podem ser usadas como uma forma de chamar a atenção dos pais. As conquistas da criança e experimentação de novos alimentos devem ser valorizadas.
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